Foto/imagem do material de publicidade publicada pelo Netflix sobre a serie Thirteen Reasons Why |
Thirteen Reasons Why ou Os Treze Porquês é um livro e serie, que ganhou fama, quando estreou no serviço de streaming, no Netflix, em 2017. Ele tem se tornado uma das series mais comentados nas redes sociais desde então, além de utilizar o suicido como tema central, elemento este, que merece ser muito bem discutido e entendido.
Mais precisamente, este texto abordará a série, deixando de lado por enquanto, qualquer posição sobre os personagens que deram vida a toda história, buscando refletir os acontecimentos que não podem passar despercebidos, dando assim motivos para assistir e motivos para questionar. Como sabemos, viver em sociedade nos traz benefícios, além de formar famílias, amizades e um círculo social – O que nos permite viver melhor – por outro lado, inversamente a isso, por esta mesma circunstância, é o motivo de fazer a vida ser dificultosas, ou seja, é a sociedade responsável por nos fazer viver e nos fortalecer, da mesma forma que é responsável por nos matar. São assuntos como este, complexos e embaraçosos que fazem as pessoas quererem mudar de assunto, mas esse é apenas mais um motivo para querer praticar o suicídio.
É importante todos os dias nos questionarmos se somos aquilo que gostaríamos de ser tratados com os outros. É necessário ponderar nossas atitudes e começar a pensar naquilo que realmente faça a diferença. É difícil, não é fácil! A todo o momento torna-se desgastante interagir socialmente, porém não podemos deixar de nos comunicar bem com as pessoas ao nosso lado, as vezes apenas queremos ser ouvidos, as vezes apenas precisamos entender o próximo. A vida infantil, adolescente e adulta se dividem em universos problemáticos, mas cada qual, tem a mesma importância. – Qual foi a última vez que você procurou saber como foi o dia dos seus pais? Como foi o dia do seu filho ou do seu irmão? – Precisamos ser comunicativos, sociáveis por mais difícil que seja e essa é a primeira ideia que a serie conseguirá passar para quem assiste.
Sabendo disso, o bullying não seria uma preocupação, já que saberíamos nos tratar com os outros, e se mesmo assim, caso houvesse alguma provocação, saberíamos lhe dar com isso, pois escutaríamos as situações alheias. Mas é claro que afirmar isso não se tornaria pressuposto para o bullying não existir, por que isso vai além dos tempos atuais, isso é inerente ao ser humano, afinal, ainda não sabemos se nascemos maus ou se o mundo nos tornam maus. – Mas seria o suficiente para amenizar parte dos problemas.
A série retrata da vida, a socialização, o bullying e o suicídio, mas também mostra que além disso é necessário ter atitude. Sobretudo, a história conta uma vida conturbada em razão das atitudes mal-intencionadas que resultaram ao caos, além disso, conta a história de uma mulher que sofre diante humilhações sobre ao autoritarismo do machismo. É necessário entender que não se deve se calar, deve se questionar e ser denunciado toda e qualquer violência sexual, pois nada disso é justificável, muito menos o estupro.
Podemos ser a solução ao meio do caos, podemos ser o caos no meio da sociedade, mas é importante aprender com os erros do que os repetir novamente, e é isso que a serie vem mostrando ao público. Isso é a ficção que muito embora distante, também é a realidade. Quantas e quantas pessoas passam por problemas e pouco nos importamos por elas? Que sejamos diferentes!
"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades." (Boaventura de Souza Santos)
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